quarta-feira, 19 de novembro de 2014

19 de Novembro - Lockheed Constellation # 19

E aí pessoal, tudo beleza ?

Hoje vou falar de mais um aviãozinho de ferro que tenho em meu "hangar".
Tive uma certa dificuldade em achar esse modelo, mas finalmente encontrei via e-bay com uma loja de Hong Kong.
O curioso é que ele ficou mais de 60 dias parado na fiscalização alfandegária em Curitiba.
Eu já estava considerando como perdido e ia tentar algum tipo de reembolso junto aos Correios quando um dia para minha grata surpresa, ao chegar em casa, o porteiro do condomínio veio me entregar uma caixa. Ao abrir, lá estava ele, rssss

Com esse, chega a 19 o número de aviões postados aqui no blog.
Ainda tenho mais 8, considerando 5 que estão por chegar.

Dessa vez, trata-se do:

Lockheed "Constellation" (escala 1/200)



















Galera, hoje todos nós estamos acostumados a voar em aviões à reação como Boeing 737, 767, 777, Airbus família A320, A330, Embraer...
Porém até o fim da década de 50 e início de 60, o transporte aéreo de passageiros era feito por aeronaves à pistão com velocidades que não passavam de 520-530 km/h (por volta de uns 270-280 nós). Alguns chegaram a exceder a marca de 600 km/h, mas foram poucos.
Para nós que hoje voamos a quase 1.000 km/h, pode parecer pouco, mas para a época era uma velocidade considerável.
Existiam também muito mais fabricantes de aviões comerciais do que hoje.
Nos dia atuais, o mercado de aviões de médio e grande porte é dividido meio a meio praticamente entre Boeing e Airbus.
Naqueles dias havia pelo menos uma dúzia de fabricantes.
Podemos citar rapidamente as principais como a Douglas, Lockheed, Convair, Vickers, DeHavilland, Boeing, Bristol, Canadair, etc, etc...
E foi no fim da era das aeronaves a hélice que muitas dessas empresas desapareceram ou acabaram engolidas por outras.
No caso específico aqui dessa semana, vamos falar da Lockheed que era a fabricante do L-049 "Constellation".
O projeto desse avião se iniciou em 1937 mas foi sofrendo modificações até que o design defitivo foi aprovado e quando o primeiro vôo ocorreu, já era Janeiro de 1943.
Primeiramente voou com fins militares, mas com o fim da II guerra foi adaptado para uso civil e a primeira companhia aérea a receber um desses foi a TWA em outubro de 1945.















Logo em seguida foi a vez da Pan Am com a variação L-749 que tinha maior capacidade de combustível e conjunto de trem de pouso reforçado.
















Ambas as cias aéreas usavam muito esses modelos em vôos transatlânticos.
Não demorou muito para que outras cias adquirissem o modelo como Eastern, BOAC, KLM, Lufthansa, Air France, etc etc...
















A grosso modo, podemos dizer que o "Connie" como era e é o apelido do Constellation, ao lado do DC-6, DC-7 e do B377 foram os últimos grandes aviões à pistão na história da aviação.
Após eles, vieram os jatos e sabemos o que aconteceu depois disso, rssssss
Com o sucesso do Boeing 707, várias outras fabricantes lançaram o seu produto à jato no mercado.
A Douglas lançou o DC-8, a Convair o CV-880, a Vickers veio com o VC-10, etc...
No caso da Lockheed, ela optou por insistir em aeronaves à hélice (porém dessa vez era um turboprop) e em 1957 voou pela primeira vez o L-188 Electra II que mais tarde seria muito popular aqui no Brasil nas cores da Varig.
As vendas inicias até que foram boas, mas devido a erro de projeto, ocorreram dois acidentes fatais que acabaram com as vendas do avião.
Depois disso a Lockheed até que tentou mais uma vez investir na aviação comercial com o L-1011 "Tristar", mas como já mencionado aqui no blog, foi o último prego na tampa do caixão da Lockheed que fechou em 1995.
Hoje o que existe é a divisão militar da Lockheed que se juntou à Martin e tem como produto mais conhecido e recente o F-35, caça militar de 5ª geração da Força Aérea Americana, Australiana e de mais alguns outros países envolvidos no projeto.
Voltando a falar do "Connie", no Brasil voou nas cores da Panair, Varig e Real.
















Hoje, para quem quiser ver um de perto, a maneira mais fácil é visitar o Museu da TAM em São Carlos, interior do estado de São Paulo.
Lá há um nas cores da Panair do Brasil (empresa que papai trabalhou alguns anos).
Há também um modelo restaurado pela Breiteling que faz aparições em shows aéreos ao redor do mundo e alguns exposição estática nas cores da TWA nos EUA e nas cores da KLM na Holanda.
Abaixo uma foto do interior de um Connie restaurado da Lufthansa.

















Espero que tenham gostado de mais esse post e aproveito para informar que amanhã, feriadão trabalharei no cenário do aeroporto de Registro para Flight Simulator.

Abraços,


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