sexta-feira, 26 de junho de 2015

26 de Junho - Avião da Semana # 36

E aí galera, tudo bom ?

Depois de uma longa hibernação, estou de volta, kkkkk

Gostaria de destacar a notícia "quentinha" de que a United "comprou/investiu" 100 milhões de dólares em participação societária de 5% na Azul.
A fonte é o site UOL e também o site flightglobal.com.
Nosso camarada David Neeleman está faminto e se transformando num dos maiores empresários da aviação mundial.

Se isso significar mais vantagens para os clientes da Azul e da United e também mais desenvolvimento e geração de empregos para nós brasileiros, que assim seja.
























Outro assunto que eu gostaria de chamar a atenção é apresentar aqui a 36ª peça da minha coleção de aviões de ferro:

Trata-se de um modelo bem conhecido:

Airbus A320 (escala 1/400)









































Não é uma réplica das melhores qualidades, mas enfim, estava muito barato no e-bay e resolvi comprá-lo.
O A320 dispensa maiores apresentações. É simplesmente um dos maiores sucessos da história da aviação comercial tendo voado pela primeira vez em 22 de Fevereiro de 1987.
Foi a primeira aeronave da Airbus a abandonar os tradicionais manches e adotar o uso de sidestick ou joystick como queiram.
As versões mais recentes comportam até 195 passageiros em configuração de classe única.
O avião em questão, saiu de fábrica em Dezembro de 1998 e sempre operou nas cores da Edelweiss, companhia aérea LOW COST da Suíça e de matrícula HB-IHY.
Segundo informações disponíveis na internet, está configurado com 162 assentos.
Abaixo fotos do avião na vida real:





























Espero que tenham gostado !

:-)

Voltando aos estudos:





















MATÉRIA: AERODINÂMICA E TEORIA DE VOO

CAPÍTULO: 12/19 - CARGAS DINÂMICAS

I) CARGAS DINÂMICAS são os esforços que o avião sofre durante o voo devido a manobras, turbulência e outros fatores. Essas cargas podem ser horizontais e verticais.

As horizontais são geralmente fracas e não afetam a estrutura do avião.

As verticais são muito importantes e podem danificar o avião se forem excessivas.

II) FATOR DE CARGA é a razão entre a sustentação e o peso do avião.
Os fatores de carga verticais são medidos nos aviões por meio do acelerômetro

n (fator de carga) =  L (sustentação)
                                 W (peso)

Em voo nivelado, o fator de carga é igual a 1. Cabrando será maior que 1. Picando poderá ser menor do quem, nulo ou negativo, dependendo da intensidade do comando.




















Os fatores de carga elevados podem ser causados principalmente por:


  • voos em curva
  • manobras acentuadas
  • rajadas de vento
  • recuperações de mergulho


O piloto pode provocar grandes fatores de carga em manobras e ultrapassar os limites estruturais do avião. Por isso os aviões podem ter avisos indicando os limites ou as manobras permitidas, em local visível ao piloto. Os aviões (e o piloto) suportam fatores de carga positivos melhor do que os negativos. Como exemplos, os limites para aviões acrobáticos são:


  • limite positivo: +6G
  • limite negativo: -3G




















III - FATORES DE CARGA NAS RAJADAS

No voo sem rajada ilustrado abaixo temos um vento relativo horizontal e um ângulo de ataque alfa.
A sustentação é igual ao peso, portanto o fator de carga é igual a 1G.












No voo com rajadas, o vento relativo horizontal combina-se com o vento vertical de rajada formando um vento relativo inclinado que altera o ângulo de ataque.





















IV - FATOR DE CARGA NAS RECUPERAÇÕES

Numa recuperação de linha de voo, após um mergulho, podem ocorrer grandes fatores de carga causados pelo aumento da sustentação devido à velocidade do avião.
Conforme mostrado abaixo, a sustentação durante essa manobra é igual à força necessária para suportar o peso do avião, somada à força centrípeta vertical para mudar a direção do voo.
A velocidade do mergulho agrava a situação porque a força centrípeta aumenta com a velocidade.




















V - ESTOL DE VELOCIDADE

Conforme estudamos antes, o estol ocorre quando se ultrapassa o ângulo de ataque crítico, não importando a velocidade do avião. Assim, se um piloto cabrar bruscamente num mergulho em alta velocidade, poderá exceder o ângulo de ataque crítico e entrar em estol. Esse estol é denominado de velocidade. O avião continuará em mergulho porque a sustentação não aumenta como esperado. Para sair dessa situação, o piloto deve baixar o nariz do avião e cabrar novamente com mais cuidado.






















Em alguns aviões com cauda em "T", a recuperação de um estol pode ser impossível porque a turbulência da asa envolve o profundor, tornando-o sem ação. Esse fenômeno é denominado "deep stall" em inglês, traduzido como "estol profundo". Nesses aviões, dispositivos automáticos impedem que o piloto exceda o ângulo crítico.




EXERCÍCIOS:

1) O voo horizontal de um avião em trajetória descendente sem o auxílio de tração do motor denomina-se:
R. voo planado

2) O ângulo formado entre a trajetória descendente de um avião em planeio e a linha do horizonte chama-se:
R. ângulo de planeio

3) Durante um voo plano, havendo um aumento do ângulo de ataque, ter-se á a seguinte situação:
R. Tempo de planeio ficará inalterado

4) Um piloto, na tentativa de melhorar o planeio de sua aeronave utiliza um ângulo de ataque menor. Nesta situação o/a:
R. A distância de planeio será menor

5) Duas aeronaves iguais com pesos diferentes iniciam um voo planado com mesmo ângulo de planeio. A mais pesada terá em relação à outra, distância e velocidade de planeio:
R. igual / maior (ver meu post do dia 15 de junho).

6) Utilizando-se o flap, durante um voo planado, o/a:
R. A distância percorrida será menor

7) Em voo planado, dois aviões iguais voando a mesma altitude porém com pesos diferentes, o mais pesado terá:
R. maior razão de descida

8) A distância de voo planado, depende unicamente:
R. do peso da acft e do ângulo de ataque

9) Em um mergulho vertical, a velocidade final será atingida quando houver:
R. cessado a aceleração (arrasto = peso)

10) Velocidade limite, é a velocidade máxima:
R. Para qual a acft foi construída

11) A altura perdida por unidade de tempo denomina-se:
R. razão de descida

12) A razão de subida é apresentada em um instrumento denominado:
R. climb ou variômetro

13) Em um voo planado, o peso da acft não afeta:
R. a distância e o ângulo de planeio

14) O vento de cauda durante um voo planado:
R. aumenta a distância de planeio

15) O aumento de peso em um avião acarretará:
R. diminuição do ângulo de subida

16) Uma aeronave em processo de decolagem que necessite ganhar altura o mais rapidamente para livrar obstáculos, deve utilizar qual velocidade ?
R. velocidade de máxima razão de subida

17) Em um voo ascendente, o maior ângulo de subida é obtido dentre outros através de:
R. grande área da asa

18) O ganho de altura por distância horizontal chama-se:
R. razão de subida

19) No teto absoluto, a acft consegue manter uma razão de subida de:
R. 0 ft/min

20) Na medida que um avião sobe, com objetivo de atingir o teto absoluto, a razão de subida máxima:
R. diminui gradativamente

21) Na medida em que uma aeronave for subindo, a relação entre a potência disponível e a potência necessária, respectivamente:
R. Diminuirá / Aumentará

22) Os fatores que melhoram o ângulo de subida são:
R. alta densidade do ar + baixo peso + alta potência + área de asa maior


Abraços e até mais...

terça-feira, 16 de junho de 2015

16 de Junho - C-Series em Le Bourget 2015

Bom dia a todos !

Antes de dar continuidade nos exercícios de fixação, gostaria de chamar a atenção para um belo avião que está fazendo o seu "debut" internacional na feira internacional de aviação "Le Bourget 2015" em Paris esse semana.
Parece uma miniatura de 787, rssssss - Trata-se do Bombardier CS-100 !
É um concorrente diretíssimo dos E-Jets da nossa Embraer, porém temos que admitir, o avião é muito bonito.
E como dizia Marcel Dassault: "Se não tem beleza, voa mal; Se é bonito voa bem !"




















Sabemos dos problemas enfrentados no desenvolvimento dessa aeronave e da Bombardier:
Orçamento extrapolado, atrasos  e mais atrasos, problemas de caixa ($$$), número excessivo de projetos, problemas de gestão e o pior de tudo: Falta de pedidos !
Mas enfim, o avião saiu, está em Le Bourget e significa uma espécie de aposta de altíssimo risco de seu fabricante. Se for um sucesso, tira a Bombardier do buraco, se falhar pode afundar a fabricante canadense de uma vez...
Só o tempo dirá o que será dos C Series (CS-100 e CS-300).
Aqui segue mais algumas fotos dessa bela aeronave que ainda precisa passar pelas diversas certificações para ganhar o direito de voar comercialmente:




























Voltando aos estudos:

Tenho como target prestar a prova da ANAC em Agosto.
Para isso preciso correr....


EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO - PARTE II

MATÉRIA: AERODINÂMICA E TEORIA DE VOO


51) O Coeficiente de arrasto depende:
R. Ângulo de ataque, formato e espessura do aerofólio.

52) O arrasto induzido é maior em pousos e decolagens, pois:
R. O ângulo de ataque é elevado

53) O arrasto induzido ocorre devido:
R. diferença de pressão entre o extradorso e o intradorso da asa, onde o fluxo de ar dirige-se deste para o extradorso em direção as pontas das asas.

54) Quais soluções são aplicadas para redução de arrasto induzido ?
R. winglets, tip-tanks e aumento do alongamento.

55) Uma avião que possui trem de pouso escamoteável, o seu abaixamento resultará em:
R. aumento da área plana equivalente

56) O alongamento é a razão entre:
R. envergadura e CMG (corda média geométrica)

57) Considerando-se a forma de um avião a mais aerodinâmica possível, se aumentarmos o ângulo de ataque 6 graus para cima, a resistência parasita:
R. Não se altera

58) Uma das maneiras de se reduzir o arrasto parasita é empregando:
R. rebites escareados na fuselagem

59) O arrasto parasita é causado por:
R. Todas as partes do avião que não produzem sustentação

60) O método usado para calcular o arrasto parasita do avião consiste em:
R. Comparar a sua resistência ao avanço com a de uma placa plana perpendicular à direção do escoamento.

61) O coeficiente de arrasto parasita vale:
R. 1,28

62) O disco perpendicular ao vento relativo, cuja área provoca uma resistência ao avanço equivalente ao arrasto parasita de uma acft é denominado:
R. Área plana equivalente

63) Com o uso de dispositivos hipersustentadores teremos:
R. aumento no coeficiente de sustentação.

64) Flape, slot e slat ou fendas são denominados:
R. dispositivos hipersustentadores

65) O dispositivo hipersustentador que aumenta a curvatura da asa, aumentando então o seu coeficiente de sustentação chama-se:
R. flape

66) Com o uso dos flapes:
R. O ângulo crítico do aerofólio diminui

67) Quando fazemos uso do flape, estamos efetivamente alterando:
R. A linha de curvatura média, o ângulo de incidência e o ângulo de ataque.

68) O tipo de flape que se desloca para trás e para baixo é o:
R. Fowler

69) Consegue-se aumentar a área da asa quando se usa flapes do tipo:
R. Fowler

70) A principal função do flape é:
R. aumentar a sustentação

71) A utilização de flape acarreta em um:
R. aumento de arrasto

72) Os slots tem como características:
R. alterar o coeficiente de sustentação máximo e aumento do ângulo crítico.

73) O slot e slat tem como desvantagem:
R. aumentar demasiadamente o ângulo de ataque, diminuindo a visibilidade do piloto a frente da cabine

74) O ângulo formado entre o eixo longitudinal e a linha do horizonte chama-se:
R. Angulo de atitude











75) O estol de ponta de asa causa:
R. perda de eficiência dos ailerons.

76) As aeronaves executam seus movimentos em torno de três eixos, que são:

1 = Vertical
2 = Longitudinal
3= Lateral



77) Em um avião, o ponto de aplicação do peso é chamado centro de:
R. gravidade


78) Uma aeronave tem três eixos em torno dos quais executa seus movimentos. O ponto de cruzamento desses eixos é o centro de:
R. gravidade

79) Os movimentos de tangagem (cabrar e picar) são produzidos pelo:
R. profundor ou leme de profundidade

80) Quando o profundor do avião estiver para baixo, significa que o avião irá:
R. descer

81) A linha que vai do nariz à cauda da aeronave chama-se eixo:
R. longitudinal

82) O movimento realizado em torno do eixo vertical é chamado:
R. guinada

83) Quando se aciona o manche para a esquerda, o avião deverá girar em torno do eixo:
R. longitudinal

84) A superfície primária de comando responsável pelos movimentos de guinada é o:
R. leme de direção

85) Os pedais servem para comandar os:
R. freios e leme de direção

86) Os movimentos de inclinação lateral de uma aeronave são produzidos pelo(s):
R. ailerons

87) Um avião entra em estol assimétrico quando se encontra sob a influência de um dos seguintes fatores:
R. uso de ailerons, próximo ao estol.

88) Ao ser colocado o comando de compensador na posição picado, ele estará em relação ao profundor:
R. para cima (compensador é sempre o contrário da estrutura de comando primária):















89) Os compensadores podem ser usados para:
R. compensar tendências indesejáveis ao voo

90) O avião em subida terá o:
R. compensador do profundor posicionado para baixo

91) São consideradas superfícies secundárias:
R. compensadores

92) A produção de alta tração, em função de sua grande área frontal, de admissão e do seu regime econômico, caracteriza o motor:
R. turbo-fan

93) Potência disponível é a mesma coisa que:
R. potência útil e de tração

94) É a potência efetiva transformada em tração pela ação das hélices:
R. potência de tração ou disponível ou útil.

95) O movimento que a pá da hélice descreve perpendicular ao eixo da hélice, chama-se
R. movimento de rotação

96) O passo de uma hélice dependo do:
R. ângulo de torção das pás

97) Em uma operação de decolagem, inicialmente será observado que o:
R. recuo da hélice será máximo

98) O recuo da hélice é traduzido como a diferenciação entre o:
R. passo teórico e passo efetivo

99) Dadas duas hélices similares. A de menor passo será ineficiente nas:
R. altas velocidades, em voos de cruzeiro.

100) A hélice de passo fixo tem bom rendimento:
R. Somente nas condições para qual foi projetada.


OK, ainda hoje mais tarde tem mais exercícios.

abraços,

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Pronto, de barriga cheia, tudo fica melhor, rssssss


Vamos continuar com os exercícios:

101) Dado potencia útil de 114 HP e potencia efetiva de 150 HP. Qual é o rendimento ou eficiência da hélice ?
R. 76%

102) O efeito que consiste na tendência do avião rolar em torno do eixo longitudinal, no sentido contrário ao da rotação denomina-se:
R. efeito de torque

103) O efeito em que a hélice produz maior tração do lado direito em relação ao esquerdo fazendo a aeronave guinar para o lado de menor tração da hélice chama-se:
R. carga assimétrica ou fator "P"

104) A hélice que o seu passo só pode ser ajustado no solo, chama-se:
R. hélice de passo ajustável

105) O tipo de hélice em que seu passo não se modifica, apresentando portanto eficiência máxima numa determinada RPM e velocidade de voo para a qual foi construída são as de:
R. passo fixo

106) O tipo de hélice em que seu passo pode ser modificado durante o voo chama-se:
R. hélice de passo controlável

107) A hélice em que seu passo funciona bem em qualquer condição de voo e é controlado automaticamente por um mecanismo elétrico ou hidráulico chama-se
R. hélice de passo controlável

108) Uma aeronave, para manter voo reto horizontal com velocidade constante, é preciso que:
R. Tração seja igual ao arrasto e sustentação seja igual ao peso

109) Num voo reto horizontal com velocidade constante, podemos afirmar que:
R. Sustentação é vertical e do mesmo valor que o peso

110) O componente que equilibra o sistema num voo reto horizontal sendo igual à sustentação é:
R. peso que é perpendicular à trajetória

112) Velocidade mínima possível em um voo reto horizontal chama-se
R. velocidade de estol

113) Uma aeronave em voo reto horizontal, quando atinge ângulo de ataque crítico, fica na seguinte situação:
R. prestes a estolar

114) A potência que o avião necessita para manter o voo nivelado chama-se:
R. Potência Necessária

115) A velocidade mínima é a menor velocidade com a qual se consegue manter o voo:
R. horizontal à velocidade constante

116) A velocidade de estol aumenta com o aumento dos seguintes fatores
R. área da asa e densidade

117) Com o aumento da altitude, a velocidade máxima irá:
R. Diminuir

118) A potência necessária para deslocar uma acft aumenta com a redução de:
R. peso

119) A velocidade com a qual se pode voar a maior distância possível com dada quantidade de combustível é a velocidade de:
R. máxima autonomia


AGORA VAMOS VOLTAR A VER CONTEÚDO TEÓRICO:


MATÉRIA: AERODINÂMICA E TEORIA DE VOO

CAPÍTULO: 11/19 - VOO ASCENDENTE

A razão de subida é geralmente medida em pés por minuto ou metros por segundo através do variômtro ou "climb".

O ângulo entre a trajetória ascendente do avião e a linha do horizonte chama-se ângulo de subida.

















Existem 2 velocidades importantes no voo ascendente:

* Velocidade de máxima razão de subida: é a velocidade na qual o avião ganha altura no menor tempo possível.

* Velocidade de máximo ângulo de subida: é a velocidade na qual o avião sobe no maior ângulo possível. É uma velocidade menor do que a de máxima razão de subida.

Voos muito lentos ou muito rápidos resultam em baixos ângulos de subida




















Logo após a decolagem, o avião deve subir com o máximo ângulo de subida (existe uma velocidade recomendada), a fim de evitar obstáculos e ganhar bastante altura enquanto está próximo à pista.




















À medida que o avião ganha altura, a densidade do ar diminui. Isso reduz a potência do motor e aumenta a potência que o avião necessita para o voo. A razão de subida máxima diminui até se anular no teto absoluto.


























OBS.: O teto prático e o teto absoluto são altitudes de densidade, por isso devem ser calculados, e não lidos no altímetro.

=> ESTUDO DA PERFORMANCE EM SUBIDA

Toda subida é realizada utilizando o excesso de potência acima daquela necessária ao voo horizontal. A razão de subida será a máxima quando tivermos o maior excesso de potência possível.


=> FATORES QUE FAVORECEM O VOO EM SUBIDA

É necessário distinguir entre os fatores que melhoram o ângulo de subida e os que melhoram a razão de subida, conforme explicado nas figuras abaixo:

























A altitude diminui a potência disponível e aumenta a potência necessária.


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MATÉRIA: AERODINÂMICA E TEORIA DE VOO

CAPÍTULO: 12/19 - VOO EM CURVA

I - Uma experiência comum é a de girar um objeto pendurado por um fio num movimento em círculo, conforme ilustrado. Nessa situação, existem unicamente duas forças agindo sobre esse objeto:

* O peso da bola, vertical para baixo
* a tração do fio, inclinada para cima e para dentro do círculo.





















II - Num avião voando em curva, as forças atuam exatamente da mesma forma. O peso W é produzido pela gravidade e a força inclinada é a sustentação L produzida pela asa.




III - A sustentação L produz dois efeitos simultaneamente:
Ela empurra o avião para cima e para dentro do círculo, como se fossem duas forças separadas, FW e FC. A componente vertical FW contrabalança o peso W, e a componente FC empurra o avião lateralmente para que ele faça a curva. Por essa razão, FC é denominada Força Centrípeta. Observar ainda que L é maior que FW, que é igual ao peso. Conclui-se que a sustentação numa curva deve ser maior que o peso do avião. O piloto precisará portanto cabrar.





















IV - A força centrípeta aumenta com a massa e a velocidade do corpo, e diminui com o raio da curva.

V - O ângulo de inclinação aumenta quando a velocidade aumenta.

VI - Quanto mais inclinadas as asas, maior deve ser a sustentação.


=> DERRAPAGEM E GLISSAGEM

São dois erros de pilotagem cometidos em curvas. Para compreendê-los, examinaremos os três tipos de curvas mostrados na ilustração.


























a) curva coordenada - é a curva plana feita corretamente a uma altura constante, com os ailerons, leme e profundor dosados nas proporções exatas (comandos coordenados) e  o avião alinhado com a trajetória.

b) curva derrapada - é também uma curva plana, mas falta inclinação nas asas, como se o piloto estivesse tentando fazer a curva usando apenas os pedais. O avião abre a curva "escorregando" lateralmente como um carro derrapando na curva de uma estrada molhada.

c) curva glissada - é uma curva feita com asas muito inclinadas, como se o piloto estivesse tentando fazê-la usando só os ailerons, esquecendo-se de cabrar. A sustentação é insuficiente e inclinada demais, e não suporta o peso do avião. A gravidade predomina e faz o avião descer "escorregando" lateralmente em direção à asa baixa, descrevendo uma espiral.


=> RAIO LIMITE

Para voar em curva, o piloto deverá inclinar as asas e aumentar a sustentação. Mas isso aumentará também o arrasto, obrigando-o a aumentar a potência. Quanto menor o raio da curva, mais potência será necessária. O menor raio possível é aquele em que a potência aplicada é a máxima e chama-se raio limite.













A figura abaixo mostra um avião em três altitudes diferentes.
Ao nível do mar o ar é denso, tornando o motor mais potente e aumentando a sustentação do avião.
A curva pode ser então bem fechada e o raio limite será o mínimo.

Aumentando a altitude, a densidade do ar diminuirá. Isso fará o motor perder potência e ao mesmo tempo o avião necessitará de mais potência. Consequentemente o avião perderá a capacidade de fazer curvas e o raio limite irá aumentar.

Quando atingir o teto absoluto, o motor terá tão pouca potência que o avião mal conseguirá manter o voo nivelado, ficando então totalmente incapaz de executar curvas.







































=> COMANDOS DE VOO EM CURVA

a)  Para executar uma curva, o piloto deverá:
     * comandar ailerons, para inclinar as asas
     * aplicar pedal no mesmo sentido da curva, para corrigir a guinada adversa
     * puxar o manche para aumentar a sustentação
     * aumentar a potência do motor para compensar o aumento do arrasto

























b) Depois de iniciada a curva, a asa externa à curva estará voando um pouco mais rapidamente do que a asa interna. Por isso a sustentação será ligeiramente maior na asa externa, tendendo a aumentar demasiadamente a inclinação das asas. Para compensar esse efeito, o piloto deverá reduzir ou mesmo aplicar ailerons levemente no sentido contrário à curva.



























=> ESTOL EM CURVA

A velocidade de estol em curva é maior do que em voo nivelado. Isso pode ser compreendido através da comparação abaixo:


Bom amigos, encerramos aqui mais um capítulo.
Amanhã faremos exercícios de fixação.

Abraços,

segunda-feira, 15 de junho de 2015

15 de Junho - Mais um dia

Bom dia amigos !
Segunda-feira "overcast" aqui em Campinas, garoa fina e temperatura em declínio.
Tempinho "bão pra dormir" rsssss
Pessoal, hoje destaco que uma semana atrás foi anunciado pelo governo estadual a concessão de alguns aeroportos à iniciativa privada através de leilão a ocorrer em breve.
São eles: Bragança Paulista, Jundiaí, Araras, Ubatuba, Itanhaém e Campinas (Amarais).
De todos esses, Jundiaí é o maior em movimento e melhor desenvolvido, porém todos eles com demanda reprimida devido falta de estrutura.
Em Novembro do ano passado fui de Campinas até um resort no litoral norte de SP e lá se foram mais de 5 horas de estrada !
Se houvesse algum voo para Ubatuba, com certeza eu optaria pela via aérea.
Outro ponto que destaco, é que como sabem, sou de Campinas, SP uma cidade com grande vocação para a aviação.
Santos Dumont fez o "segundo grau" aqui no colégio Culto à Ciência.
Uma das poucas cidades do Brasil com mais de um aeroporto (Viracopos e Amarais) e berço de duas companhias aéreas que hoje são uma só (TRIP e Azul).
E para nossa felicidade aqui de Campinas é que com esse anúncio, os dois aeroportos da cidade entregues à iniciativa privada, significa investimentos, geração de empregos, desenvolvimento, mais opções de voos, etc.
Abaixo foto de Amarais que hoje conta com uma pista de 1600 metros de extensão e balizamento noturno tendo sido ampliada por volta de 2-3 anos atrás.

























Amarais também é lar do Aeroclube de Campinas, fundado em 1939 e que contribuiu para a formação de muitos pilotos ao longo desses 76 anos...
Bom, que Deus abençoe esses projetos todos para que de fato saiam do papel.




Voltando aos estudos:

MATÉRIA: AERODINÂMICA E TEORIA DE VOO
CAPÍTULO: 10/19 - VOO PLANADO
O movimento é causado pela ação da gravidade e não do motor.Nesse tipo de voo o avião pode voar sem a tração do motor, porém em trajetória descendente. Esse tipo de voo chama-se voo planado.



=> VELOCIDADE DE MELHOR PLANEIO

Esta velocidade também chamada de VELOCIDADE DE MENOR ÂNGULO DE DESCIDA, é aquela que possibilita ao avião planar a maior distância possível; portanto deve ser usada em caso de pane no motor. O seu valor é igual ao da VELOCIDADE DE MÁXIMO ALCANCE do voo nivelado.





















Já na ilustração abaixo, temos um planeio realizado com ângulo de ataque maior do que o usado na figura acima. A velocidade e a distância planada diminuem, e o tempo e o ângulo de planeio aumentam. Existe uma velocidade chamada de MENOR RAZÃO DE DESCIDA ou de MÍNIMO AFUNDAMENTO, que é útil quando se deseja permanecer o máximo tempo planando. Seu valor é igual ao da velocidade de Máxima Autonomia do voo nivelado.

















Planeios feitos com ângulo de ataque menores ou velocidades maiores do que o de melhor planeio resultam em descidas mais rápidas e alcance menor conforme ilustrado abaixo:


















=> VELOCIDADE FINAL
É a velocidade máxima que o avião pode atingir num mergulho ou planeio vertical.
A sustentação deve ser nula para que a trajetória seja vertical. O ângulo de ataque deve ser o ângulo de sustentação nula conforme figura abaixo.
A velocidade aumentará rapidamente e se estabilizará quando o arrasto se tornar igual ao peso. O avião terá então atingido a VELOCIDADE FINAL.
Todavia o piloto só deverá permitir que isso aconteça se não atingir antes a VELOCIDADE LIMITE especificada pelo fabricante do avião. A Velocidade Limite é aquela que não pode ser ultrapassada sem que o avião sofra danos ou a destruição da estrutura.


=> RAZÃO DE DESCIDA


É a altura perdida por unidade de tempo. Ela é indicada num instrumento chamado variômetro (vulgarmente conhecido como "climb"). A razão de descida é geralmente abreviada R/D e medida em pés por minuto (ft/min) ou em metros por segundo (m/s).




















=> INFLUÊNCIA DO PESO

O peso do avião não influi na distância e no ângulo de planeio, mas aumenta a sua velocidade e a razão de descida conforme ilustração abaixo:



























=> INFLUÊNCIA DO VENTO

Um vento de cauda aumenta a velocidade em relação ao solo, portanto o ângulo de planeio diminui e a distância planada aumenta. Um vento de proa tem efeito contrário. Para o avião porém nada se altera. As velocidades aerodinâmica (VA) e indicada (VI), o ângulo de ataque, a potência do motor, etc, permanecem inalteradas. A razão de descida (R/D) não se altera porque o vento é horizontal.

















=> INFLUÊNCIA DA ALTITUDE

O ar rarefeito das altitudes elevadas influencia somente a velocidade do planeio; ou seja a VA e a R/D aumentam.

Porém o ângulo de planeio e o alcance não são afetados. A VI também não se altera porque o aumento da velocidade compensa a redução da densidade, fazendo com que a pressão captada pelo tubo de pitot e enviada ao velocímetro não se altere.








































Finalizamos assim mais esse capítulo.
Também chegamos à metade do conteúdo de aerodinâmica e teoria de voo.
Vamos realizar alguns exercícios para aumentar a fixação do conteúdo.




EXERCÍCIOS:

1) Fluido é:
R. Todo corpo que NÃO possui forma fixa

2) O ar atmosférico é composto de:
R. 21% de Oxigênio + 78% de Nitrogênio + 1% de outros gases

3) O zero absoluto corresponde a:
R. -460º F ou -273º C

4) Em um voo de cruzeiro no FL 320 a ACFT encontra temperatura do ar em 228 Kelvins. A temperatura correspondente em Celsius é:
R. 228-273 = -45º C

5) Em cálculos de temperatura, só podemos usar escalas termométricas:
R. Absoluta

6) A pressão atmosférica é exercida:
R. Em todos os sentidos

7) A pressão atmosférica é uma pressão do tipo:
R. Estática

8) A pressão, temperatura e densidade atmosférica padrão valem respectivamente:
R. 1013,25 hPa / 15ºC / 1,225 Kg por metro cúbico
ou 760 mm de mercúrio / 59º F / 1,225 Kg por metro cúbico

9) O altímetro é o instrumento que usa a pressão do tipo:
R. Estática

10) A distância vertical entre a aeronave e o nível médio do mar chama-se:
R. altitude de pressão

11) A distância vertical entre a aeronave e o topo de uma elevação denomina-se:
R. Altura

12) A distância vertical entre a aeronave e o mar padrão tem por nome:
R. altitude de pressão

13) Quando um fluido está se movimentando, este recebe o nome de:
R. Escoamento

14) O escoamento pode ser do tipo:
R. Laminar e turbulento/turbilhonado

15) Correntes marítimas escoam em um tubo:
R. Imaginário

16) No local de estreitamento do tubo o que ocorre com a velocidade do fluido ?
R. aumenta

17) A pressão dinâmica depende de:
R. do impacto do vento (velocímetro do avião)

18) A pressão estática:
R. não depende do impacto do vento (altímetro do avião)

19) A pressão exercida por fluidos em movimento, levando em consideração a velocidade e densidade ao fluxo é denominada:
R. pressão dinâmica

20) O velocímetro nos fornece:
R. velocidade indicada (VI)

21) Uma obstrução na linha de pressão estática do pitot causará falha nos seguintes instrumentos:
R. altímetro e velocímetro

22) Um avião desce com uma VI constante. Podemos afirmar que a VA:
R. Irá diminuir porque a cada 100 pés a VA aumenta 2% em relação à VI.

23) As superfícies de controle primárias são:
R. Ailerons, profundores e leme de direção

24) As partes do avião que produzem pequena resistência ao avanço e nenhuma força útil ao voo chamam-se:
R. Superfícies aerodinâmicas

25) As partes do avião que produzem forças úteis ao voo, são conhecidas por:
R. Aerofólios

26) São exemplos de aerofólios:
R. asas, superfícies de controle, hélice e estabilizadores.

27) A distância entre uma ponta de asa e a outra chama-se:
R. Envergadura

28) O nome técnico da parte superior de um aerofólio é:
R. Extradorso

29) A construção de um aerofólio é baseada:
R. No tubo de venturi

30) A reta perpendicular à corda, que liga esta à linha de curvatura média, no ponto de maior distância entre as duas é denominada:
R. flecha

31) Quais os tipos de perfil que podemos ter de aerofólios ?
R. simétrico e assimétrico

32) O ângulo de incidência da aeronave é formado por quais partes:
R. eixo longitudinal e corda

33) O ângulo formado entre o plano da asa e o plano horizontal de referência ou o eixo transversal denomina-se:
R. diedro

34) Um corpo que produz o mínimo de arrasto é chamado:
R. aerodinâmico

35) Quais as quatro forças que atuam em uma aeronave em voo ?
R. arrasto, tração, peso, sustentação

36) O ângulo formado entre a corda do aerofólio e o vento relativo ou trajetória a ser percorrida pela aeronave chama-se:
R. ângulo de ataque

37) A resultante aerodinâmica é aplicada em um ponto da corda chamado:
R. centro de pressão

38) O CL (coeficiente de sustentação) torna-se igual a zero quando o ângulo de ataque é igual ao:
R ângulo de ataque de sustentação nula

39) Num perfil simétrico, se aumentando o ângulo de ataque:
R. cria-se uma RA para cima e para trás.

40) Ao aumentarmos o ângulo de ataque de uma asa com perfil assimétrico, o que ocorre com o centro de pressão ?
R. se desloca para a frente

41) Quando a corda de perfil assimétrico coincidir com a direção do vento relativo, teremos um ângulo de:
R. ataque nulo

42) A única força que age numa aeronave em voo, em particular nas asas chama-se:
R. resultante aerodinâmica (sustentação, arrasto, peso e tração a compõe).

43) A sustentação depende:
R. da área da asa, densidade do ar, velocidade de deslocamento, ângulo de ataque e formato do perfil.

44) Para que tenhamos aumento da sustentação, a densidade do ar deve:
R. Aumentar

45) A força que dificulta a trajetória de qualquer corpo chama-se:
R. Arrasto

46) O arrasto é sempre:
R. Paralelo ao vento relativo

47) Uma diminuição do ângulo de ataque provoca:
R. Diminuição do CD (coeficiente de arrasto)

48) Ao arrasto provocado nas pontas das asas, damos o nome de arrasto:
R. induzido

49) Uma área de asa será representada pela letra:
R. "S"

50) O CD torna-se máximo quando:
R. no ângulo crítico


SEGUNDA PARTE DE EXERCÍCIOS A SEREM PUBLICADOS ATÉ AMANHÃ.

Abraços,