Finalmente neste último sábado, dia 26/11/2016 fiz meu primeiro voo !
Cheguei no aeroporto de Jundiaí por volta de 10:20 - 10:30 hrs.
Fui até a sede do aeroclube, me apresentei, disse que gostaria de iniciar minhas aulas práticas com eles e logo o instrutor Araújo me trouxe alguns papeis para preencher e assinar.
Após isso nos dirigimos ao páteo onde ele me apresentou o Cessna 152 de prefixo PR-ACJ.
Depois me passou uma série de informações e dados do avião. Logo em seguida me "presenteou" com uma provinha, kkkk que era o "ground test".
Acertei 25 de 29 questões e estava aprovado para o voo.
Entramos no "moleque", me apresentou onde fica o extintor, questão de validade, cheque, pressão, depois fizemos a inspeção externa que na verdade começa no cockpit, dá a volta no avião e termina no cockpit novamente.
Aprendi a drenar combustível, verificar quantidade de combustível, cheque de flap, aileron, profundor, deriva, trem de pouso, etc etc etc...
Após cheque feito, assento ajustado, cinto de 3 pontos afivelado, abrimos o checklist novamente para procedimentos de START do motor, com o Araújo solicitando autorização pra torre do aeródromo.
Enfim, motor ligado, um maravilhoso "ventilador" pra ajudar refrescar a cabine que estava muuito quente.
Iniciamos o táxi rumo à cabeceira UNO OITO (18). Temos que aguardar um Lear 45 decolar pra poder cruzar a runway. Após cruzar a pista, fazemos uma curva à esquerda e continuamos o táxi até a cabeceira designada para decolagem.
O táxi por incrível que pareça foi onde eu mais tive dificuldade, kkkk
Vou precisar praticar mais. A questão de coordenação motora pra "dirigir" o avião em solo é muito importante. Para quem não sabe, em solo o manche não tem serventia. Você manobra o avião como um tanque de guerra, como um trator de esteira, ou seja, através do pedal. O mesmo pedal que serve para virar esquerda-direita, também serve para frear e o acelerador (throttle) é na mão, portanto voar no simulador de voo é uma coisa, voar de verdade é outra, kkkk
Mas enfim o Araújo me ajuda, rsss e logo encostamos uns 30 metros antes do ponto de espera (HOLD POINT) pra fazer o "cheque de cabeceira".
Abaixo foto do Google maps da cabeceira 18 de SBJD:
Cheque feito, está tudo bonitinho, a gente procede com o táxi e no HOLD POINT chamamos a torre em uno uno oito, decimal sete cinco. Pela primeira vez eu falo no rádio e anuncio o prefixo junto à torre: PAPA ROMEU ALFA CHARLIE JULIET, (só isso, rssss) e o Araújo continua a breve conversa com a torre.
Estamos autorizados a decolar. Adentramos a pista e o Araújo afunda a manete. Com menos da metade da pista o molequinho já está voando. Olhei no relógio era 12:30 hrs
Pra quem já é piloto e/ou tem familiaridade sabe que esse é o pior horário para se voar.
Há muita térmica, correntes de ar ascendente e descendente, isso pra não falar que o aeroporto de Jundiaí fica localizado ao pé da Serra do Japi.
Galera, esse avião chacoalhou...mas foi, serviu de "batismo", rssss
Fizemos uma curva de 180º à esquerda e entramos na perna do vento. Ao atingirmos a altura da cabeceira 18, fizemos uma curva à esquerda novamente e cruzamos o aeródromo continuando nossa subida até 3600 pés.
O Araújo me deixou no comando e ia dando uns toques, mas a turbulência prejudicou pois era impossível ficar sem acionar os comandos por mais de 5-6 segundos, Não deu pra experimentar de maneira legal o uso do trim, fazer curvas sem derrapar... mas valeu pela experiencia.
Fomos até a vertical de Itú e depois voltamos.
Ao retornar o vento havia mudado e o pouso foi feito pela pista 36.
Tudo aconteceu muito rápido, quando eu vi estava no solo novamente, snif snif....
Mas foi meus primeiros 65 minutos no comando de um avião de verdade,
Nunca esquecerei !
Vejam a cara de alegria do bobalhão abaixo:
Uma pena eu não ter tirado nenhuma foto em voo, mas nos próximos eu prometo !
A primeira vez a gente nunca esquece, kkkk
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