sexta-feira, 22 de maio de 2015

22 de Maio - Estudando para banca da ANAC - Piloto Privado

Bom dia galera !

Começamos mais um dia e como inspiração aqui vai a foto de um lindo 747-400 decolando:

























Dando continuidade aos estudos, aqui vamos nós para mais uma aula de METEOROLOGIA AERONÁUTICA:


I - PRESSÃO ATMOSFÉRICA

É a força exercida pelo peso da coluna de ar desde o limite superior da atmosfera até o nível considerado. É exercida em todos os sentidos.













Pressão é a força exercida pela unidade de área:

P = F
      A


No sistema de unidades MKS:

F = Newton
A = metro quadrado

F = M*g


II - BARÔMETRO

Instrumento usado para medir a pressão atmosférica.
Existem 2 tipos de barômetro>

=> de mercúrio ou hidrostático






















=> aneróide ou metálico













O instrumento que registra a pressão, chama-se barógrafo !



III - VARIAÇÕES DA PRESSÃO

A pressão atmosférica varia com a temperatura , densidade, altitude, umidade, período do dia, latitude, condições meteorológicas.


Com a temperatura:
Quanto maior a temperatura, menor a pressão

Com a densidade:
Quanto maior a densidade, maior a pressão

Com a altitude:
Quanto maior a altitude, menor a pressão

Com a umidade:
Quanto maior a umidade, menor será a pressão

Com a latitude:
Quanto maior a latitude, maior será a pressão. (A PA no equador é maior do que nos pólos).

Variação diária:
A pressão atinge 2 valores máximo e 2 valores mínimo por dia:
=> máximos: as 10:00 e 22:00 hrs locais
=> mínimos: às 04:00 e 16:00 hrs locais
Essa variação é chamada de "maré barométrica". Propaga-se de Leste para Oeste e é mais acentuada no equador do que nos pólos.

Variação dinâmica:
Provocada pelos movimentos horizontais de massas de ar de densidade diferente, frentes, oclusões.


IV - REDUÇÕES DA PRESSÃO

QFE e QFF: Deixaremos de lado no momento.

QNE: Valor da pressão padrão usado para voos em rota. Também chamado de ajuste universal ou ajuste padrão.
Seu valor é sempre 1013,2 hPa ou 29,92 polegadas de mercúrio.

QNH: Pressão da estação reduzida ao NMM. Usado para pousos e decolagens. Varia de acordo com as variações citadas acima no capítulo III.


V - ISÓBARAS

Linhas de mesma pressão.
Crescem ou decrescem de 2 em 2.

* Centros de ALTA PRESSÃO:
A pressão no centro é maior. Geralmente associados com bom tempo

Na figura abaixo, nota-se o centro das isóbaras com pressão MAIOR (1032 hPa) do que a região periférica (1020 hPa). Por isso é chamado um centro de alta pressão.
























* Centros de BAIXA PRESSÃO:
A pressão no centro é menor. Geralmente associados com mau tempo

Na figura abaixo, nota-se o centro das isóbaras com pressão MENOR (988 hPa) do que a região periférica (1020 hPa). Por isso é chamado um centro de baixa pressão.





























Sentido que a massa de ar gira:
Nos centros de alta pressão, também chamados de ANTICICLONES, a massa de ar gira no sentido horário.

Nos centros de baixa pressão, também chamados de CICLONES, a massa de ar gira no sentido anti-horário.
Para decorar, notem que é o contrário... anti = horário















Na foto abaixo a evidência / prova disso.
Trata-se do Furacão Isabel (2003) em foto tirada de satélite no espaço. Nota-se perfeitamente que a espiral gira da periferia para o centro do ciclone.

























Também abaixo esquema resumo do que foi dito acima:
































VI - CONFIGURAÇÕES DE PRESSÃO:

Colo - Área de transição (garganta) entre duas altas e duas baixas. Área de ventos fracos e variáveis pois nesse ponto ocorre ao mesmo tempo convergência e divergência onde a circulação é simultaneamente alta e baixa.
Abaixo ilustração de um "colo":




















Cavado - Área alongada de baixa pressão. As pressões aumentam para a periferia. Associados com mau tempo.

Crista - Área alongada de alta pressão. As pressões aumentam para o centro. Associados com bom tempo.

Abaixo na posição X nós temos um Cavado e na posição Y tempos uma Crista.
















VII - UMIDADE / VAPOR D'ÁGUA

Principais fontes: Oceanos, Rios, lagos, pântanos, solo úmido, neve, vegetação.
O vapor d'água na atmosfera varia de 0% a 4% caracterizando o ar seco, úmido ou saturado. Provém principalmente da evaporação.

Evaporação: Passagem de um corpo do estado líquido para o gasoso. É maior nas latitudes equatoriais e diminui à medida que se avança em direção aos polos.
O instrumento usado para medir a quantidade de evaporação é o evaporímetro e o que registra é o evaporígrafo.
A evaporação é responsável pelo equilíbrio térmico da atmosfera.

Ciclo Hidrológico: A água sai da hidrosfera (oceanos, rios, etc...) e vai para a atmosfera pela evaporação. Com os resfriamento do vapor d'água na atmosfera há a saturação e a consequente condensação em forma de nuvem, desde que haja a presença de núcleos de condensação.
Com a precipitação (chuva, neve, granizo, etc..), a água retorna à hidrosfera, completando-se o ciclo hidrológico.



































=> Saturação:
Quantidade máxima de vapor d'água que o ar pode conter numa certa temperatura. Quando o ar está saturado, diz-se que sua capacidade está "satisfeita". Ocorre de dois modos:
1) acréscimo de vapor d'água
2) resfriamento
A saturação é responsável pela condensação que forma hidrometeoro: nuvens, nevoeiros e névoas.

=> Condensação:
Saturação em forma de nuvens e nevoeiros (vapor d'água passa para a forma líquida).

=> Sublimação:
É a passagem direta do estado gasoso para o sólido (vapor d'água para cristais de gelo) ou do sólido para o gasoso (cristais de gelo para vapor d'água). A água pode existir na atmosfera nos tres estados físicos: sólido, líquido e/ou gasoso.

Resumo disso abaixo:


















Sublimação do vapor d'água ocorre a -39 / -40ºC.



VIII - ELEMENTOS REPRESENTATIVOS DA UMIDADE DO AR

1) Temperatura do bulbo úmido:
Ao se acrescentar vapor d'água num volume de ar por evaporação, ele vai saturar. Quando atingir a saturação, a temperatura em que ela ocorre chama-se temperatura do bulbo úmido (Tw). Pode ser obtida por um instrumento chamado psicrômetro que consta de 2 termômetros iguais fixos num suporte metálico, instalado dentro do abrigo meteorológico.
Um dos termômetros possui o bulbo envolto por uma "camiseta" de malha (musselina) e chama-se termômetro do "bulbo úmido". O outro é chamado de "bulbo seco" e fornece a temperatura do ar ambiente.
Antes de se fazer a leitura, "molha-se" o bulbo úmido e produz-se a evaporação da água da camiseta por ventilação.
A temperatura assim obtida é chamada temperatura do bulbo úmido e é sempre menor que a temperatura obtida no bulbo seco, exceção feita quando o ar está saturado, condição que as duas são iguais. A diferença entre a temperatura do bulbo seco e a temperatura do bulbo úmido é chamada depressão psicrométrica ou depressão do bulbo úmido.

Abaixo foto de um abrigo meteorológico e de um psicrômetro:


























2) Temperatura do ponto de orvalho:
Ao se resfriar, um volume de ar sob pressão constante, sem variar a quantidade de vapor d'água nele presente, ele vai se saturar.
Quando atingir a saturação, a temperatura em que ela ocorre chama-se temperatura do ponto de orvalho (Td Td).
É obtida indiretamente por meio de tabela, empregando-se a temperatura do ar e a depressão do bulbo úmido.
É expressa em ºC e vem no boletim meteorológico "METAR" separada da temperatura do ar por uma barra.

Exemplo: 20/18 (TT/Td Td) - Isso significa que quando a temperatura decrescer de 20º até 18ºC haverá saturação. Quanto mais afastados estiverem os valores dessas temperaturas, mais seco será o ar.
Quanto mais próximos, mais úmido será o ar, podendo ocorrer mau tempo como chuva, chuvisco, nevoeiro.

3) Umidade relativa do ar:
É uma relação entre a umidade que o ar contém e a quantidade máxima de umidade que o ar poderá conter na mesma temperatura. É expressa em porcentagem (70%, 90%, etc...)
O ar saturado apresenta umidade relativa igual a 100%.
O instrumento usado para se medir a umidade relativa do ar é o higrômetro e para se registrar as medições é o higrógrafo.

4) Umidade absoluta:
É a razão entre a massa de vapor d'água existente num determinado volume de ar. Aumenta com o aumento da temperatura. É expressa em "g" de vapor d'água por metro cúbico de ar.


IX - SATURAÇÃO POR RESFRIAMENTO:

1) Radiação terrestre:
Durante a noite o calor solar é devolvido para o espaço, principalmente nas noites claras, resfriando a superfície terrestre e por conseguinte o ar em contato com a superfície poderá se saturar, formando nevoeiro de radiação ou ainda orvalho e também geada.















2) Convecção:
O ar aquecido junto à superfície é menos denso e tende a subir na atmosfera, por expansão, resfriando-se e tonando saturado, formando nuvens. O ar mais frio de níveis superiores, por ser mais denso, desce em volume proporcional, criando um movimento vertical na atmosfera, sob forma de correntes. As correntes ascendentes sobem por aquecimento e as descendentes descem por resfriamento, caracterizando as correntes convectivas (térmicas). A esse processo chamamos convecção. As nuvens assim formadas são chamadas convectivas. A convecção é maior sobre a terra durante o dia e à tarde.
Durante a noite e a madrugada é maior sobre o mar. As nuvens convectivas apresentam bases mais ou menos horizontais e grande desenvolvimento vertical. São as nuvens cumuliformes (cumulus).















Nuvem cumuliforme:














3) Advecção:
Transporte horizontal do calor, formando nuvens advectivas. Há dois tipos de advecção:

* Deslocamento de uma massa de ar mais frio sobre superfície mais aquecida que vai pouco a pouco sendo aquecida por baixo,com o ar mais aquecido se elevando, resfriando e saturando, dando origem à nebulosidade advectiva cumuliforme.

* Deslocamento de uma massa de ar mais quente sobre superfície mais fria, que vai pouco a pouco sendo resfriada por baixo, favorecendo a saturação do ar resfriado dando origem à nebulosidade advectiva estratificada e nevoeiros de advecção.


4) Orografia:
As quente e úmido se choca com uma grande serra ou montanha e mecanicamente é obrigado a se elevar sobre o lado barlavento (lado de onde sopra o vento), resfriando-se e saturando dando origem à nebulosidade orográfica, colada à encosta da montanha.

















5) Efeito dinâmico:
Ventos de características diferentes de temperatura, pressão e umidade convergem sobre determinada área acarretando a elevação do ar, favorecendo a saturação por resfriamento e a formação de nuvens dinâmicas, que são as nuvens das frentes (frontais), das linhas de instabilidade e da CIT















X - PRECIPITAÇÃO:

Retorno da água da atmosfera para a superfície, equilibrando a evaporação, mantendo a harmonia do equiibrio hidrológico.

Pode ser:

* Sólida: neve, granizo
















* Líquida: chuva, chuvisco















O instrumento usado para medir a precipitação é o pluviômetro e o que registra é o pluviógrafo:





















Quanto ao caráter da precipitação, ela pode ser:

Contínua = variação lenta na intensidade, sem interrupção

Intermitente = períodos de interrupção menores que os de precipitação

Pancadas = intensidade varia bruscamente. Períodos de interrupção maiores que os de precipitação.



































Bom pessoal, por hoje é só !

Amanhã tem mais.

abraços,

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