terça-feira, 21 de julho de 2015

21 de Julho - Estudando Meteorologia Aeronáutica (atualizado)

Bom dia pessoal !

Hoje damos continuidade aos resumos de METEOROLOGIA AERONÁUTICA:



METEOROLOGIA AERONÁUTICA

=> CIRCULAÇÃO SECUNDÁRIA OU REGIONAL

Constitui certas perturbações de menor amplitude dentro da circulação geral, em certas regiões do globo terrestre.

1. BRISAS - são circulações locais que ocorrem sobre regiões litorâneas, em consequência da diferença de aquecimento entre a terra e a água.

a) BRISA MARÍTIMA - é a brisa ou o vento próximo à superfície no sentido do mar para o continente.
Chega a penetrar até 100km adentro do continente em alguns casos.
Ventos de 10 nós que são mais intensos no verão e à tarde.




b) BRISA TERRESTE - é a brisa ou vento próximo à superfície no sentido do continente para o mar.
Também chega a atingir até 100 km adentro do mar. É mais intensa no inverno de madrugada.




2. VENTOS DE VALE E MONTANHA:

a) DE VALE - (sobe durante o dia) o aquecimento diurno, provocado pela radiação solar no fundo dos vales e suas encostas provoca aquecimento do ar por contato. Esse ar aquecido torna-se mais leve e menos denso e começa a subir, ao mesmo tempo em que o ar do centro do vale desce.




b) DE MONTANHA - (desce durante a noite) o resfriamento noturno, provocado pela radiação terrestre das montanhas e suas encostas provoca o resfriamento do ar por contato. Este ar mais frio e mais denso desce ao longo das encostas na direção do fundo dos vales, ao mesmo tempo em que o ar do centro do vale sobe.




3. VENTOS ANABÁTICOS E CATABÁTICOS

a) ANABÁTICOS - (sobe durante o dia) quando uma encosta alongada é aquecida durante o dia pela radiação solar, o ar em contato com ela se aquece e tende a se elevar ao longo desta encosta.

b) CATABÁTICOS - (desce durante a noite) - quando a encosta se resfria por radiação terrestre, o ar em contato com ela se resfria e tende a descer ao longo desta encosta.




4. MONÇÕES - são circulações termais que ocorrem em determinadas regiões do globo provocadas pela diferença de temperatura entre o mar e o continente. São idênticas às brisas, só que em larga escala !

a) DE VERÃO - do mar para a terra

b) DE INVERNO - da terra para o mar

5. EFEITO FOHEN - ventos que sopram perpendicularmente a uma montanha. São forçados a subir mecanicamente ao longo da encosta (barlavento). Descem do outro lado (sotavento) e vão se aquecendo, constituindo em ventos quentes e secos, denominados ventos foehn.

Abaixo figura explicativa (em espanhol, mas perfeitamente compreensível).





RESUMO DO RESUMO (rssss):

* Força do gradiente de pressão é a aforça que dá origem ao vento, fazendo-o fluir da alta para a baixa pressão. Quanto maior a diferença de pressão entre dois pontos e quanto mais próxima as isóbaras, maior a velocidade do vento.

* Coriólis no hemisfério sul provoca um desvio para a esquerda e no hemisfério norte para a direita.

* A Camada de atrito vai até 600 metros e vento de superfície até 100 metros.

* Como o vento é descrito: Direção (de onde vem) + Velocidade (em KT) + Rajada (acima da média de 10KT ou mais).

* Circulação geral:
ZCIT: entre 15ºN e 12ºS, sempre no verão.
Inferior: Até 20.000 pés, alísios predominando de SE no hemisfério sul e NE no hemisfério norte.
Superior: Acima de 20.000 pés; predomina de oeste; corrente de jato

* Circulação secundária:
Brisa: marítima => do mar p/ terra, dia
         terrestre => da terra p/ o mar, noite

Vento: de vale => sobe, durante o dia
           de montanha => desce, durante a noite

Vento: anabático => sobe, durante o dia
           catabático => desce durante a noite

Monções: de verão => do mar p/ a terra
              de inverno => da terra p/ o mar

Fohen: ar quente e seco que desce a sotavento das montanhas.


EXERCÍCIOS:

1. Os ventos pertencentes à circulação superior possuem uma predominância de:
R. oeste

2. Em uma carta sinótica, à medida que as isóbaras estiverem mais próximas entre si, os ventos na região estarão mais:
R. fortes

3. O efeito de Coriólis passa a se manifestar claramente a partir do(a):
R. nível gradiente (ver gráfico abaixo):


4. Das alternativas abaixo, indique o vento pertencente a circulação regional:
R. brisa

5. Os fluxos dos ventos tendem a soprar:
R. das pressões mais altas para as mais baixas

6. Ventos alísios, no hemisfério sul predominam de:
R. SE (no hemisfério sul)

7. Os ventos fortes em altitude, normalmente são identificados pela presença das nuvens:
R. cirriformes

8. Os ventos alísios, no hemisfério norte, predominam de:
R. NE

9. As circulações atmosféricas divergentes, com sentido NOSE, localizam-se nas:
R. altas pressões, no hemisfério sul. 

Ter isso em mente =>




10. O centro de um sistema ciclônico no hemisfério sul, apresenta pressões:
R. aumentadas para a periferia

11. Os ventos que resultam do efeito direto do gradiente de pressão, denominam-se:
R. barostrófico (baro = pressão)

12. Das condições abaixo, aquela que está relacionada com um anticiclone é:
R. céu claro

13. A circulação que desce a noite ao longo das encostas por efeito de gravidade, denomina-se:
R. catabático

14. Uma aeronave no hemisfério sul, voando no FL080 e com ventos de direita estará:
R. voando para um centro de baixa pressão

Ter isso em mente => 




15. Ventos quentes e secos que descem a sotavento de grandes elevações, após ter subido a barlavento, são considerados ventos:
R. Fohen

16. A corrente de jato é mais intensa no:
R. inverno sobre os continentes

17. Uma aeronave no hemisfério sul, sobrevoa o centro de um anticiclone. Ao se aproximar da periferia, a aeronave receberá ventos de:
R. direita

18. A camada de atrito estende-se da superfície até a altura de:
R. 600 metros

19. O vento é considerado de rajada quando a velocidade máxima excede e velocidade média em:
R. 10 KT

20. Em um aeródromo próximo ao mar durante a tarde, o vento tende a aumentar do mar para a terra pelo efeito de:
R. brisa

21. São considerados ventos de circulação inferior aqueles que ocorrem até:
R. 20.000 ft

22. Um sistema de baixa pressão também é chamado de:
R. ciclone


23. O efeito de Coriólis é consequência do(a):
R. rotação da Terra.

24. A força de Coriólis é máxima:
R. sobre os polos.

25. No METAR KMIA 231953Z 08013G23KT 10SM SCT030 SCT130 29/21 A3006; foi observado:
R. vento de rajada de 23 nós.


Á tarde a gente continua !

até mais....  

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Ok, almoçamos ... agora é hora de continuar com os estudos.

METEOROLOGIA AERONÁUTICA

=> NUVENS E NEVOEIROS

Conjunto visível de partículas minúsculas de matéria como gotículas d'água e/ou cristais de gelo no ar.
É o resultado direto do esfriamento do ar até que se verifique a condensação ou sublimação e são consideradas  como tais sempre que suas bases se formem a partir de 30 metros de altura.

1. Classificações:

a) aspecto físico:

--- Estratiforme - possui grande desenvolvimento horizontal com pouco desenvolvimento vertical

--- Cumuliforme - possui grande desenvolvimento vertical com pouco desenvolvimento horizontal

b) Estrutura física:

--- Líquidas - são as nuvens constituídas por gotículas de água

--- Sólidas - são as nuvens compostas de cristais de gelo

--- Mistas - são compostas tanto de gelo quanto de gotículas de água

OBS.: As nuvens de desenvolvimento vertical , também são classificadas como mistas.

c) Estágios de formação:

--- Baixas: de 30m a 2000m
--- Médias: de 2000m a 8000m
--- Altas: acima das nuvens médias







2. NEVOEIRO:

*** JÁ ESTUDAMOS NO POST DO DIA 22 DE MAIO, MAS FAREMOS UMA BREVE PASSAGEM:

Define-se nevoeiro como o fenômeno resultante da condensação ou sublimação do vapor de água junto ao solo, representando um grande perigo para as aeronaves nas operações de pouso e decolagem pela redução do teto e visibilidade.

Eles acontecem com umidade relativa do ar entre 97 e 100%, visibilidade horizontal inferior a 1000 metros e vento fraco.

EXERCÍCIOS:

1. Camada de nuvem com base comummente no estágio médio, com bastante precipitação, sem turbulência, com coloração cinza-escuro e com grande espessura, são características da nuvem:
R. Nimbostratus

2. Dentre as nuvens do estágio médio, uma costuma não produzir precipitação e quando o faz, esta não atinge o solo (virga). Esse gênero de nuvem denomina-se:
R. altocumulus

3. No METAR SGAS 030100Z 01005KT 0250 FG VV001 02/02 Q1022, tem-se:
R.  visibilidade vertical de 30m (Vertical Visibility de 30 em 30 metros até 300 m).

4. A nuvem que se observa mais comummente o fenômeno do halo é a:
R. Cirrostratus

5. O nevoeiro formado pelo resfriamento noturno, em noite sem nuvens, especialmente no inverno e primavera chama-se nevoeiro:
R. de radiação

6. As alturas das bases das nuvens no METAR são fornecidas em:
R. centenas de pés => ex. OVC080 = céu encoberto a 80x100 = 8000 pés

7. A nuvem do estágio médio que indica turbulência é a:
R. Altocumulus

8. Nuvem isolada, densa, de contornos bem definidos e que apresenta a sua base sensivelmente horizontal é a:
R. Cumulus

9. O grupo SCT030, codificado no METAR, significa:
R. Nuvens esparsas a 900 metros (30x100 = 3000 pés que é igual a 914,4 metros).

10) O deslocamento horizontal do ar frio sobre uma superfície líquida, ligeiramente mais quente, poderá condensar o vapor despendido por essa superfície, formando um nevoeiro:
R. de vapor


3. NÍVEL DE CONDENSAÇÃO CONVECTIVA (NCC)

À medida que uma parcela de ar se eleva, vai se resfriando adiabaticamente e a diferença entre sua temperatura e a temperatura do ponto de orvalho irpa diminuindo de modo gradual. Da mesma forma que a temperatura decresce na razão 1º/100 m, a temperatura do ponto de orvalho decresce na razão de 0,2º/100 m.

CONTINUO À NOITE ...

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